quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Elas nos vocais

Lutando contra preconceitos dos anos 1950, quando o rock nasceu, época que lugar de mulher era no tanque, Nora Ney e Celly Campello deram o pontapé inicial abrindo as portas para o rock feminino no Brasil.

Ao ler a chamada desse texto alguém poderá falar: “pow que papo feminista”. Mas o feminismo na verdade não pode ser encarado como preconceito contra os homens e sim como um processo de transformação que engloba avanços, medos, alegrias, ideologia, movimento político, enfim, o feminismo está presente ao longo da história conforme a situação da mulher na sociedade antiga até os dias atuais e continua a ser trabalho diariamente, pois o que todas nós queremos são direitos, deveres e comportamentos distintos para homens e mulheres. Sem violência contra a mulher e sem exploração! Aí outro alguém pode falar “música não tem cor, raça ou sexo”. Tudo bem, não tem mesmo! É ritmo, sons, expressão, emoção, sedução. Só que existem os estilos, as personalidades que lutaram contra muitos preconceitos, inclusive a mulherada. Então, pra ninguém se perder ou julgar ser alguma conspiração, vamos iniciar o nosso mergulho no universo rock n’roll feminino, seguindo a cronologia histórica, para saber como tudo começou. Igual diz um antigo ‘deitado japonês’: “vamos começar do começo”.

Se em 1951 existisse exame de DNA, poderíamos saber quem é realmente o pai da criança, pois alguns pesquisadores, inclusive Kid Vinil, autor do livro “Almanaque do Rock” (Ediouro, São Paulo, 2008), dizem que foi Ike Turner o primeiro a gravar música no estilo rock, no compacto “Rocket 88”. Paulo Chacon, autor do livro “O que é rock” (Brasiliense, São Paulo, 1982) apresenta alguns nomes que podem servir de possíveis opções para assumirem a paternidade: Jackie Breston (1951) com o sucesso “Rocket’88”, Bill Haley (1953) com “Crazy, man, crazy” e Crew-cuts (1954) com “Sh-boom”. Na apresentação de seu livro, Kid Vinil afirma que em 1955 Chuck Berry inventou o rock and roll e Elvis Presley o popularizou, tornando-se o rei do rock. Talvez para os amantes do estilo, quem criou não importa, mas sim que o rock existe até hoje e influenciou muitos artistas brasileiros que deram conta do recado muito bem.

O rock nosso de cada dia

O rock surgiu no Brasil através de uma mulher, a Nora Ney, que em 1958 regravou "Rock Around The Clock", grande sucesso de Bill Haley. Ela na verdade sempre cantou bolero e pensando ter arriscado inutilmente gravar pelo menos uma música rock n’roll, se surpreendeu com o sucesso que fez. E de olho nesse sucesso, a gravadora de Heleninha Silveira no mesmo ano lançou uma versão em português da mesma música que ganhou o nome de “Ronda das Horas”. Naquela época elas ainda eram vistas com preconceito, pois mulher que encarava a vida artística era rotulada como prostituta, não podia, lugar de mulher era no tanque, cuidando dos filhos e do marido ou preparando o enxoval pra casar.

E o rock por aqui ganhou mais força ainda por causa de uma outra mulher, a Celly Campello. As canções de rock no Brasil - até meados de 1960 - eram regravações de sucessos americanos ou versões em português das mesmas músicas, até a turma da Jovem Guarda – que contava com a Wanderléia - utilizava esses critérios na maior parte de seu repertório. Celly Campello em 1959 fez muito sucesso com a versão tupiniquim de "Estúpido Cupido". Durante a vida ela fez remakes de outros sucessos: “Lacinhos Cor-de-Rosa”, “Billy”, “Banho de Lua”, que lhe renderam inúmeros prêmios e troféus, inclusive no exterior, além do título de Mãe do Rock Brasileiro.

No exterior Brenda Lee, Aretha Franklin e Wanda Jackson já trilhavam o caminho do rock e, inspiradas nelas, em 1961, The Shirelles chegou ao topo das paradas americanas com o hit "Will You Love Me Tomorrow?". E assim surgia a primeira banda formada somente por mulheres que incentivou a criação de outras, como The Shangri-las, The Ronettes, The Crystals. Mas vamos falar sobre a mulherada gringa na próxima edição, ok.

Esse tal de roquenrou da Rita Lee

Voltando ao Brasil, nos anos 1960 Rita Lee aprendia a tocar bateria e a cantar, quando ainda estava no colégio. Então, para mostrar seus dotes artísticos, resolveu participar dos festivais da escola e para isso formou a banda The Teenages Singers com as amigas Suely Chagas, Jean e Beatrice. Teenages Singers pode ser considerada a primeira banda de rock feminino do país. Elas faziam um som mais vocal e menos instrumental, interpretando músicas de Mamas and the papas, Beach Boys, entre outros. A banda fazia muito sucesso e era chamada pra tocar em todos os festivais das escolas de São Paulo, entre elas Mackenzie e Caetano de Campos. E assim as meninas acabaram conhecendo uma banda formada somente por meninos, mas era mais instrumental, chamava The Wooden Faces. A amizade entre eles foi crescendo, até que resolveram unir as bandas. Elas cantavam e eles tocavam. Com o tempo alguns integrantes foram desistindo e restaram Rita, Sergio e Arnaldo. Isso aí, surgia Os Mutantes, banda que Rita Lee participou de 1968 a 1970, incluindo outros ingredientes nas músicas como banjo, sons de gravador portátil, gaita, e até uma bomba de dedetização.

Rita Lee foi expulsa dos Mutantes, pois os integrantes achavam que ela não tinha o virtuosismo necessário para tocar o rock progressivo, novo interesse da banda. Ela ficou depressiva por um tempo, mas não conseguia ‘se livrar’ da veia musical e formou com a amiga Lúcia Turnbull uma dupla no estilo glam rock (também conhecido como glitter rock), chamada As Cilibrinas do Éden, que fez única gravação ao vivo no festival Phono 73 e nunca foi lançado um disco. Anos depois, uma das músicas da dupla daria origem ao hit Shangrilá, em 1980. Rita e Lúcia desistiram da dupla e formam a banda Tutti-frutti - que finalmente conseguiu gravar alguns discos e fortalecer o sucesso da música “Esse tal de roquenrou”.

Mesmo apostando muito mais nas baladas, Rita Lee ainda tocava rock na década de 1980 e já influenciava outras artistas, por exemplo, a Pitty. E também Talita que foi casada com o filho da Rita, o Beto Lee, sendo a mãe da primeira neta de Rita Lee (foto ao lado). A Talita atualmente é vocalista da banda Motores e não é mais casada com o filho de Rita Lee, e tem feito sucesso no mundo do rock, pois sua atual banda é muito bacana, com muita energia, como fala em uma de suas músicas “Menina isso é rock n’roll”. Bom, é perceptível que o rock feminino no Brasil sempre foi muito bem representado por Rita Lee, ela tem a carreira duradoura e está na ativa até hoje em dia.

A malandragem de Cássia Eller

Nos anos 1990 surgia Cassia Eller que tinha atitude total rock n’ roll invandiu a cena rock conquistando o nosso país e colocando em pauta a questão da homosexualidade, já que ela era gay assumida. Voz grave, às vezes confundida com voz masculina, ela até hoje deixa saudades, pois em 2001 infelizmente faleceu após uma parada cardiorespiratoria. Ela chegou a cantar vários estilos, mas o rock prevalecia em boa parte de sua obra. Nem só em sua música, mas também em sua maneira transparente de ser, falando tudo doa a quem doer. A canção “Malandragem” a fez ficar conhecida nacionalmente, tanto que rendeu várias parcerias, inclusive com Rita Lee.


Penélope mostrou que na Bahia é possível fazer rock

Em 1995 a baiana Penélope - que ficou na estrada durante quase 10 anos e contava com a Erika Martins nos vocais e na guitarra – fez muito sucesso. O hit que tornou a banda conhecida no país inteiro foi “Namorinho de Portão” (regravação da Gal Costa, com letra do Tom Zé, que fez muito sucesso em 1968 e foi tema da novela Malhação em 2000). Lembrando que, no início da carreira, a banda se chamava Penélope Charmosa, mas a Hanna-Barbera, empresa criadora do desenho, não liberou a utilização do nome. Assim que a banda Penélope encerrou atividades, em 2005, Erika Martins seguiu carreira solo e participa do projeto Lafayette e os Tremendões.

As guitarras pesadas de Syang

Também em 1995 surgia a banda P.U.S com a Syoung, que toca guitarra desde os 12 anos de idade (muito bem, diga-se de passagem), e dividia atividades ao lado do então marido Ronany (vocal). Syoung foi uma das poucas mulheres no Brasil até o momento a tocar rock pesado com pitadas de trash metal, pois é muito raro ver as mulheres envolvidas em projetos metal, a maioria toca pop rock. E não me pergunte o motivo. Acho que não tem explicação, talvez a maioria curta muito mais essa vertente do rock. Syoung adorava AC/DC e se apaixonou pela irreverência e timbres fortes da guitarra de Angus Young. Por sorte teve a felicidade de o conhecer pessoalmente, no Rock in Rio, e foi batizada com esse nome pelo próprio Angus. Por falar em Rock in Rio, ela participou do evento ao lado do Biquini Cavadão e fez parte de uma das formações da banda gaúcha DeFalla. Atualmente ela usa o nome Syang. Sumiu por um tempo e depois ressurgiu nas telas no programa Casa dos Artistas 2 (SBT) em 2002, apresentou um programa na TV Gazeta chamado Swing com Syang e lançou o livro "Sexualidade na Gravidez". Muitos fãs se decepcionaram quando ela começou a cantar músicas pop, mas alguns ainda acreditam que ela volte pro mundo do metal com o peso dos seus riffs de guitarra.

Pitty sacode a poeira e mostra o que a baiana tem

O rock feminino no mainstream ficou um tempo adormecido no final dos anos 1990, até que no início dos anos 2000, Pitty deu um pontapé na porta, tirando o mofo, e ao sacudir a poeira conquistou também um lugar ao sol, além de fazer com que as mulheres voltassem a brilhar no mundo do rock. Até hoje ela incentiva muitas meninas do Brasil a tocar numa banda de rock. E cada vez mais mulheres surgiram: Megh Stock (ex Luxúria), Vanessa do Ludov, Bianca Jhordão do Leela. No underground tem muita banda bacana: Dominatrix, Private Dancers, Homocinética, Punkake, Condessa Safira, Lipstick, DKLC, Mixtape, Gloss, entre outras e outras e outras.

Voltando a falar na Pitty, antes de iniciar a carreira solo em 2002, a roqueira baiana já tinha tocado em duas bandas. Ela foi baterista da Shes e vocalista da Inkoma. Ah! E Na banda Shes tinha a guitarrista Carol Ribeiro que atualmente faz parte da banda baiana chamada Lou e conta com a participação de outras garotas. Em quase seis anos de carreira Pitty já faturou cerca de 40 prêmios, a maioria deles graças ao Video Music Brasil da Music Televion brasileira. Na bagagem ela ainda carrega três CDs de estúdio e um ao vivo, fora centenas de shows por todo território nacional e apresentações no Japão e Portugal.

Você pode reclamar “faltou falar de muita gente”. Claro, com toda razão! Mas ainda teremos muitas e muitas outras edições aqui no Mundo Rock de Calcinha para falarmos sobre as mulheres do rock. 


Como foi prometido, agora é a vez de falar da ‘gringalhada’ que desde os anos 1950 é muito bem representada por Brenda Lee, Wanda Jackson, Etta James. Bom, o ritmo vinha do soul e R&B, mas a atitude e algumas influências do rock já eram nítidas nas músicas. E assim a mulherada já conquistava espaço no cenário rock n’roll, enfrentando preconceitos, etc, etc.

Nos anos 60 Aretha Franklin encantava com suas interpretações emocionantes, inclusive ela foi a primeira mulher a fazer parte do Hall da Fama do rock n’ roll em 1987. E mais chic do que isso, é que Aretha foi convidada para cantar na cerimônia de posse do presidente americano Barack Obama no início de 2009, a canção escolhida foi a patriótica “My Country Tis of Thee”.

The Shirelles – a primeira banda de meninas

Em 1961 surgiu The Shirelles, a primeira girl group do mundo, formada por Shirley Alston Reeves, Doris Kenner Jackson, Beverly Lee e Addie ‘Micki’ Harris. O maior sucesso que ficou no topo das paradas americanas foi "Will You Love Me Tomorrow" e outro - regravado por muitos artistas - foi “Be My Baby”. Elas permanecem inesquecíveis durante quatro décadas e serviram de inspiração até para os Beatles, que regravaram “Baby It's You”. Atualmente é até impossível somar a quantidade total de discos, pois existem muitos “Best Of”. Mas isso é ótimo! Assim a obra das moçoilas continua imortal e fácil de encontrar nas lojas de todo o mundo. A explosão de Shirelles incentivou o surgimento de outras bandas formadas por mulheres: Supremes, Chiffons, Shangri-las, Marvelettes, The Crystals, The Ronettes – inclusive o vocalista da extinta banda punk Ramones, Joey Ramone, era apaixonado pelo som feito por The Ronettes e regravaram um hit das garotas chamado "Baby I Love You".

Janis Joplin causou no Brasil

Anos 60, liberdade sexual, uso da pílula anticoncepcional, os hippies, Woodstock e ela, Janis Joplin. Em 1967 Janis fez parte da banda Big Brother & The Holding Company. Seu estilo de cantar blues era influenciado por Bessie Smith e Aretha Franklin. Em 1969 Janis estava em outra banda chamada Kozmic Blues Band, mas não teve o estilo rock soul muito aceito, sendo até hoje considerado o mais fraco trabalho de toda sua carreira. Mesmo assim ela não desanimou e gravou com outra banda, dessa vez a Full Tilt Boogie Band. O álbum se chamava “Pearl”, lançado em 1971, mas Janis nem viu o lançamento, pois faleceu em outubro de 1970 por causa de uma overdose de heroína. Deixou sucessos inesquecíveis como “Piece of my heart”, “Mercedez bens”, entre outros. No mesmo ano - antes de sua morte - Janis veio ao Brasil pra tentar se livrar do vício da heroína e, em plena ditadura militar por aqui, ela fez topless na praia de Copacabana, foi expulsa do Copacabana Palace por que ficou peladona na piscina, esteve na Sapucaí e dizem as más línguas que ela teve um caso com o cantor Serguei. ECA!

As mulheres do punk ao new wave e de quebra o heavy metal

O punk surgia, e em 1975 a americana Patti Smith lançou seu primeiro CD que foi um sucesso logo de cara e até hoje ela é considerada uma das mulheres mais influentes do rock n' roll com total atitude punk.

Com elementos do punk surgia o estilo glam rock, no final dos anos 70, influenciando bastante na moda: roupas coloridas, cabelos coloridos, posers total. E assim o mundo conheceu uma ótima safra criativa: Blondie, The B-52's, Cyndi Lauper, Eurythmics.

Derivado de elementos punk e new wave, mas com pitadas mórbidas, principalmente nas letras, surgiu o movimento gótico nos anos 80 e a banda que mais representa o estilo é Siouxsie & the Banshees com Susan Ballin nos vocais.

No início dos anos 80 o heavy metal e o hard rock pegavam fogo, e a Lita Ford após o término da girl group The Runaways investiu na carreira solo. Heart surgiu em meados dos anos 70 e seu estilo hard rock contagiou públicos do mundo inteiro e teve reconhecimento com o hit “If look's could kill”. Ah! Uma novidade sobre a banda Heart, das irmãs Ann e Nancy Wilson! A banda está em turnê nos EUA, com agenda recheada até outubro, e deve vir ao Brasil pela primeira vez ainda nesse ano. Vamos torcer os dedinhos!!

A banda setentista Girlschool também detonava! Até hoje The Runaways e Girlshcool são ícones que influenciam muitas meninas que pretendem formar bandas, inclusive Brett Anderson, Allison Robertson, Maya Ford e Torry Castellano seguiram suas ídolas quando resolveram criar The Donnas nos anos 90. Voltando a falar de Girlshcool, Enid, Kim, Denise e Jackie (substituta de Kelly Johnson que faleceu em 2007 em decorrência de um câncer na espinha) acabam de lançar o novo CD "Legacy", aqui no Brasil pela Hellion Records, com participações especiais de Lemmy Kilmister, Ronnie James Dio, Tony Iommi, Fast Eddie Clark, entre outros feras do rock e metal. Tomara que elas venham tocar no Brasil também!!

L7 e Hole na era grunge e Riot Girl



Anos 1990 chegaram, o grunge surgiu com força total e junto com ele o L7 e Babys in Toyland fortaleceram o movimento feminista chamado Riot Girl – que já era muito divulgado por Bikini Kill - com letras que falam de estupro, abusos sexuais, direitos da mulher, sexualidade e homosexualidade. Sem sombra de dúvida L7 foi a mais famosa banda do movimento grunge e grande divulgadora Riot Girl. A banda esteve no Brasil durante o Hollywood rock em 1994. A fundadora do L7, Donita Sparks, esteve no país em 2008 de seu novo projeto The Stellar Moments, ao qual também participa Dee Plakas (ex-L7).

Jennifer Finch antes de fazer parte do L7, tocava na banda Babys in Toyland e a Courtney Love também era dessa banda, mas aí ela saiu pra formar a banda Hole. Claro que a Courtney não saiu na paz, ela arrumava treta sempre e a criadora da banda, Kat, acusava a moça de ter se apropriado de suas idéias.

A banda Hole foi criada na sequência por Courtney Love, viúva do Kurt Cobain, da banda Nirvana. Bom, a moçoila sempre foi pra lá de polêmica, brigou com muita gente, se envolveu em muitos escândalos principalmente drogas, e é considerada uma Yoko Ono dos anos 90 e muita gente ainda acusa Courtney pela morte do Kurt – não que fosse assassina, mas por pressão psicológica e falta de companheirismo, do tipo bom relacionamento entre marido e mulher mesmo. A baixista Melissa Auf Der Maur tocou na banda Hole e depois foi escalada para turnê do Smashing Pumpkins e atualmente investe na carreira solo que é muito bacana.

Novidade no rock e o surgimento do Emocore

Em 1997 surgia a banda americana The White Stripes com a Meg White na bateria. Fizeram ‘boom’ no mundo da música em 2000. O som era inovador, garage rock, indie rock com muito blues punk e outros componentes. Uma novidade no mundo do rock com diferencial: formação apenas com Meg e Jack White. Eles não são irmãos como muitos espalharam aos quatro ventos, pois registros confirmam que eles foram casados por quatro anos e se divorciaram em 2000. Ah! Meg agora está noiva do filho de Patti Smith, Jackson Smith, e o casamento será realizado dia 22 de maio de 2009. Jack casou com uma modelo chamada Karen Elson em uma cerimônia xamânica no Brasil em 2005. Jack e Meg são moderninhos né?

Em 2004 um novo estilo que muita gente não acreditava que ia durar muito tempo, mas está por aí firme e forte é o Emocore (abreviação do inglês emotional hardcore, ou seja, hardcore emocional). Esse estilo musical também trouxe uma nova moda ou nem tão nova assim entre os adolescentes: all star (muito usado nos anos 80), tecidos listrados, bandanas (também muito usadas nos 80), cabelos coloridos (rosa, laranja, azul, roxo) igual a época glam rock, franjas. A banda de maior sucesso da atualidade no estilo é a americana Paramore, liderada por Hayley Williams, que esteve no Brasil pela primeira vez em outubro de 2008. A Hayley já mudou tanto a cor do cabelo que é até difícil saber qual é a coloração natural das madeixas da moça. Aqui no Brasil tem uma banda similar, chamada Fake Number, que acabou de assinar contrato com Arsenal Music (do Rick Bonadio). A vocalista Elektra praticamente copia a Hayley durante sua performance no palco e a maneira de vestir também.

E quanta gente representa o rock feminino hein! Roxette, Nina Hagen, The Motels, Katrina & The Waves, Joan Jett, The Pretenders, Pixies, Pj Harvey, Doro, Tarja Turunen, Lacuna Coil, After Forever, Lacrimosa, Garbage, No Doubt, Distillers, The donnas, Binkini Kill, Evanescence, Meldrum, Juliette and Licks, Otep, Kittie, entre outras e outras e outras. UFA! É impossível falar a história de cada uma em apenas uma edição da coluna, mas o legal é que teremos outros muitos encontros por aqui para abordarmos com mais detalhes assuntos dessa galera que tem feito parte da história do rock.